Cuidar das finanças é um desafio pra muitos, e a falta de planejamento pode levar a armadilhas perigosas. Neste artigo, vamos abordar três erros comuns que as pessoas cometem e que, se não forem corrigidos, podem comprometer seriamente sua saúde financeira.
Esse é o erro fundamental que mina qualquer tentativa de organização financeira. A falta de planejamento e a ausência de controle sobre os gastos levam muitas pessoas a gastar mais do que realmente ganham.
Imagine a seguinte situação: alguém que ganhava R$ 2.000,00 passa a receber R$ 3.000,00. Em vez de manter o padrão de vida de R$ 2.000,00 e investir a diferença de R$ 1.000,00, essa pessoa automaticamente eleva seus gastos pra R$ 3.000,00. Quando o salário aumenta pra R$ 4.000,00, os gastos sobem junto, e o ciclo vicioso se perpetua.
É fundamental mudar essa mentalidade. Se você vivia confortavelmente com um salário menor, continue a fazê-lo e invista o valor que ganhou a mais. Seu dinheiro é fruto de muito trabalho e suor. Valorize-o, pare de gastar com o que não precisa e com baladas ou festas que consomem sua renda sem retorno.
Esse é um erro que pega muitas pessoas e é uma das principais causas de inadimplência no Brasil – cerca de 27,5% da população está endividada com cartão de crédito. O cartão de crédito não é, em hipótese alguma, uma complementação de renda.
Se você não tem controle emocional sobre seus gastos, a atitude mais radical e eficaz é quebrar seu cartão de crédito. Ignore o que os outros possam dizer sobre ser "maluquice". O cartão de crédito é uma ferramenta de dívida que, se mal utilizada, pode consumir todo o seu salário com juros.
Não caia no ditado de que "pobre não compra nada se não for financiado ou parcelado". Você consegue comprar, sim, com muito esforço e trabalho, economizando e pagando à vista. Os únicos financiamentos que são aceitáveis, pela sua natureza de alto valor, são os de imóveis e veículos. Pra o restante, planeje-se e evite as parcelas que se acumulam e comprometem sua renda. O cartão de crédito, com seus pequenos gastos diários, pode facilmente levar a uma fatura que equivale ao seu salário. Elimine-o se você não tem controle.
Este é um erro que afeta profundamente a autoestima e a saúde financeira. Gastar dinheiro comprando bens caros – uma mesa, uma geladeira, um carro do ano – apenas pra impressionar pessoas que, na maioria das vezes, nem se importam de verdade com você, é um caminho pra frustração e o vazio.
Pessoas que vivem de aparência e tentam se mostrar pros outros geralmente não estão interessadas em quem você é de verdade, mas no que você tem. A experiência mostra que essas pessoas tendem a "sugar" tudo o que podem e são as primeiras a desaparecer quando você mais precisa.
A busca por aceitação em grupos baseados em bens materiais pode indicar uma falta de segurança e um desejo de ser inserido, mas essa busca raramente traz satisfação verdadeira. É uma armadilha que te afasta de quem realmente importa.
Valorize quem está próximo de você: sua família, seu cônjuge, seus filhos. Essas são as pessoas que merecem seu tempo, seu dinheiro e seu esforço. As outras, que só se importam com o que você exibe, não merecem sua atenção ou seu sacrifício financeiro. Mude essa mentalidade, busque ajuda psicológica se necessário, e foque em construir uma vida real e significativa, não uma fachada.
Evitar esses três erros cruciais – gastar mais do que ganha, usar o cartão de crédito como extensão da renda e consumir pra impressionar os outros – é o primeiro passo pra uma vida financeira saudável e próspera. É preciso valorizar o dinheiro conquistado com esforço, entender que o controle emocional é tão importante quanto o planejamento e priorizar quem realmente importa na sua vida. Adote a disciplina, o autocontrole e a consciência financeira pra construir um futuro mais tranquilo e feliz.
Assista o vídeo na qual falo sobre esses três erros [CLICANDO AQUI]