A Semana 33 de 2025 foi marcada por uma relativa estabilidade no Brasil, com o Ibovespa e o dólar operando de lado. No entanto, o cenário internacional se manteve tenso, com a escalada nuclear entre EUA e Rússia e os desafios econômicos da China.
Estados Unidos: A inflação ao consumidor e ao produtor subiu acima do esperado em julho. As vendas no varejo também subiram, indicando um aquecimento da economia, o que dificulta uma queda de juros. Mesmo assim, o S&P renovou a máxima. O presidente Trump negou pressão para a renúncia de Powell, mas fez uma pressão pública. A semana foi marcada por uma nova tensão geopolítica: o ex-presidente russo Medvedev falou sobre a capacidade nuclear russa e o sistema "Mão Morta", e Trump respondeu com o posicionamento de submarinos nucleares que não podem ser detectados pelos radares russos, elevando a escalada. Trump também impôs tarifas de 10% a 41% sobre diversos países, mas prometeu reembolsar o Japão se houver tarifas indevidas.
Europa: A produção industrial da Zona do Euro caiu 1,3%. A inflação da França e Espanha subiu 1% em julho, a inflação anual na Alemanha também subiu, e os preços no atacado subiram, o que é um sinal de alerta. A economia do Reino Unido desacelerou e a taxa de desemprego se manteve em 4,7%. A França, Alemanha e o Reino Unido ameaçam reimpor sanções ao Irã. À espera do encontro entre Trump e Putin, as bolsas europeias fecharam sem uma direção.
Ásia (China): A China está destinando US$ 12 bilhões para conter a queda da natalidade. A atividade industrial esfriou, e as bolsas asiáticas fecharam em baixa por causa das tarifas. A China registrou uma desaceleração da produção industrial e das vendas no varejo em julho. A Evergrande, que virou um marco da crise imobiliária, será retirada da bolsa no dia 25. Jovens desempregados na China estão pagando para frequentar "escritórios falsos" para fingir que estão trabalhando, dado que o desemprego está acima de 14% para essa faixa etária.
Ouro e Petróleo: O ouro operou em queda por causa do acordo comercial entre Japão e EUA, mas acumula 68% de alta em 5 anos e 41% em 1 ano (em dólar), beneficiando-se das tensões geopolíticas. O petróleo subiu após 3 dias de perdas, voltando a US$ 66 o barril, mas o patamar entre US$ 60 e US$ 70 é considerado "mágico" pelos produtores.
Cenário Político-Econômico: A produção industrial teve leve alta em junho, mas voltou a decepcionar. O desemprego vem caindo, mas o assistencialismo governamental continua crescendo, o que é visto como contraditório. O Brasil está fora dos 5 países mais competitivos da América Latina. O governo Lula está acompanhando com preocupação o envio de militares americanos para combater o narcotráfico na América Latina, o que é visto como algo estranho, pois seria uma ajuda. O governo federal anuncia descongelamento de R$ 20 bilhões. A arrecadação federal do primeiro semestre alcançou um recorde de R$ 1,4 trilhão. O relatório do tesouro indica que a dívida pública está "fora de controle". A imprensa internacional, tanto nos EUA quanto na Europa, está cobrindo a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, e a cobertura não é positiva.
Selic e Inflação: O IPCA-15 subiu 0,3% em julho, puxado pela energia elétrica. A inflação anualizada está em 5,35%, acima da meta oficial. No entanto, o COPOM, na semana passada, manteve a taxa Selic em 15% ao ano, interrompendo o ciclo de alta. O Brasil ainda tem o segundo maior juro real do mundo, o que dificulta o investimento.
Bolsa de Valores (IBOVESPA): O Ibovespa andou de lado, mas fechou em 136.000 pontos, o que é um ótimo patamar, considerando a confusão política no Brasil e as tensões globais. As ações do Banco do Brasil recuaram quase 7% em um único dia.
Câmbio e Dólar: O dólar andou de lado, mas fechou em queda na semana, a R$ 5,39, um ótimo patamar para o Brasil. A chegada de brasileiros nos EUA cresceu 5% em julho, o que mostra que o brasileiro não se importa com as tarifas de Trump e a alta do dólar.
Cenário Político-Econômico e Outros: A inflação na Argentina ficou em 1,90% em julho, o que é uma queda significativa em relação a 12 meses atrás. O presidente Milei tem uma aprovação de 57%, a terceira maior entre líderes mundiais, e sua política de austeridade tem sido um sucesso para a economia do país. A atividade econômica cresceu 5% em maio, o sétimo mês seguido de alta. Milei e Trump iniciaram o processo para isentar os argentinos de visto e conceder cidadania para grandes investidores, em contraste com o Brasil, que tem se posicionado contra os EUA.
Foi uma ótima semana. O Bitcoin fez uma nova máxima histórica de US$ 124.000, depois recuou para US$ 117.000. O Ethereum também superou os US$ 4.600, e as altcoins, como a XRP, dispararam. O mercado teve uma semana de estabilidade, apesar de vendas expressivas de Bitcoin. A XRP é destacada, sendo avaliada como maior que Uber, BlackRock e Pepsico.
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A próxima semana será marcada pelo encontro de Trump e Putin no Alasca, o que pode gerar incerteza nas bolsas europeias e americanas. No Brasil, o clima de incerteza política e econômica, a contagem regressiva para as tarifas de Trump e os resultados das reuniões do COPOM e Fed são motivos de preocupação. A recomendação é manter a calma, pois não é momento para desespero, mas também não é hora de se aventurar em investimentos de alto risco. A renda fixa permanece muito atrativa, e a diversificação de portfólio, incluindo criptoativos e investimentos no exterior, é fundamental para proteger o capital em um ambiente de alto risco.