A semana 46 foi de celebração no mercado brasileiro, com o Ibovespa batendo novos recordes, mas foi marcada pela intensificação dos sinais de deterioração na economia real global, desde a crise imobiliária nos EUA até a estagnação na Europa. O principal dilema é o descolamento entre a alta dos ativos financeiros e a fragilidade dos indicadores econômicos.
Estados Unidos: O shutdown (paralisação do governo) foi finalmente encerrado após 43 dias, mas causou perdas estimadas e atrasos em serviços. O mercado de trabalho não está em um bom momento, com perda de 11.250 empregos no setor privado em quatro semanas.
Crise Imobiliária: O setor está em alerta. O inventário de casas à venda na Flórida e no Texas atingiu o pico histórico, e o preço médio das casas na Flórida registrou a maior queda em mais de 10 anos (-5,3%), sugerindo uma bolha imobiliária em potencial. As execuções hipotecárias subiram 20% em outubro.
Geopolítica: A tensão com a Venezuela aumentou, com o envio do maior porta-aviões do mundo para a região, em meio às operações de combate ao narcotráfico. O objetivo pode ser uma pressão cirúrgica sobre o regime de Nicolás Maduro.
Europa: A economia continua estagnada; a produção industrial na Zona do Euro subiu apenas 0,2%. A confiança dos investidores piora, com o Reino Unido registrando queda na produção industrial e endividamento público em alta, o que pode levar a aumentos de impostos. O continente é visto como burocrático e pouco competitivo.
Ásia: A China registrou a menor produção industrial e crescimento de vendas no varejo em mais de um ano, além de forte queda nos novos empréstimos. A crise imobiliária segue assombrando a economia, e o país é criticado por queimar carvão em larga escala.
Ouro e Petróleo: O ouro recuou levemente, mas mantém um ganho de 63% em um ano. O petróleo subiu para US$ 64 o barril, após ataques ucranianos a portos russos, reforçando que o preço é artificialmente sustentado acima de US$ 60 para evitar quebra de produtores americanos.
Cenário Político-Econômico: O Ibovespa atingiu quase 158.000 pontos, celebrando o 10º recorde consecutivo e consolidando um rally que foi construído em cima da avaliação de que a bolsa estava muito barata.
Inflação: O IPCA recuou para 0,09%, a menor taxa para o mês em 27 anos, o que é um fator positivo para a política monetária.
Economia Real: As vendas no varejo recuaram 0,3%, e a produção/venda de veículos caiu, sugerindo que a economia real está fraca. O resultado do Banco do Brasil (BBAS3) registrou uma queda de 60% no lucro líquido do 3º trimestre, devido à crise no setor agro.
Arrecadação e Impostos: A arrecadação federal de impostos atingiu a maior marca da série histórica em setembro, impulsionada por aumentos (como o IOF e as apostas). A inadimplência também atingiu o maior patamar da série histórica, e a fila do INSS dobrou sob a gestão atual (2,7 milhões), mostrando que o problema não é a falta de arrecadação, mas o alto custo e a ineficiência dos gastos.
Selic e Inflação: A queda da inflação é favorável, mas a Selic (15%) se mantém alta, sendo a segunda maior taxa de juro real do mundo, o que continua a ser o principal obstáculo ao crescimento.
Bolsa de Valores (IBOVESPA): O índice está em festa, mas o risco de o mercado ser arrastado por uma crise global persiste.
Câmbio e Dólar: O dólar caiu para R$ 5,30, o que facilita a dolarização e o investimento externo.
Cenário Político-Econômico: A Argentina segue com uma alta expressiva nos ativos, sustentada pelo apoio dos EUA e FMI. A inflação desacelerou para 31,3% em 12 meses (2,3% no mês), a mais baixa desde 2018, e o governo de Milei conseguiu uma vitória crucial nas eleições.
Notícias Relevantes: O Bitcoin sofreu uma queda forte, chegando a US$ 93.000, devido à incerteza sobre os juros americanos e à migração de investidores para ativos mais seguros após lucros expressivos. Isso reforça a tese de que o ganho estimula a realização e o movimento é mais uma correção do que um colapso.
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O principal debate será se a euforia no mercado de ações (impulsionada por cortes de juros) é sustentável, dada a fragilidade da economia real. O cenário imobiliário nos EUA e o setor de tecnologia (Inteligência Artificial/Nvidia) são os pontos de atenção. Para o investidor, a recomendação é manter a diversificação, aproveitar as oportunidades na renda fixa (ainda atrativa no Brasil) e não tomar decisões por pânico. O investidor de longo prazo deve se preparar para uma possível correção, que pode gerar ótimas oportunidades de compra.