Seja bem-vindo ao resumo semanal do mercado financeiro:
A semana 21 de maio de 2025 foi marcada por uma volatilidade moderada nos mercados globais, com investidores digerindo uma série de dados econômicos e aguardando sinais mais claros sobre a trajetória da política monetária nas principais economias.
Estados Unidos: A atenção se voltou para os dados de inflação (CPI e PPI), que mostraram uma leve desaceleração em relação ao mês anterior, alimentando esperanças de que o Federal Reserve possa considerar cortes de juros ainda este ano. No entanto, o mercado de trabalho continuou robusto, gerando um debate sobre o momento ideal para essa decisão. O dólar apresentou uma leve desvalorização em relação às principais moedas.
Europa: A Zona do Euro apresentou dados mistos de atividade econômica. O PMI de manufatura continuou em contração, mas o setor de serviços mostrou resiliência. O Banco Central Europeu (BCE) manteve um tom cauteloso em suas declarações, sinalizando que a inflação ainda é uma preocupação, mas sem descartar a possibilidade de flexibilização monetária em breve.
Ásia: A China divulgou números de produção industrial e vendas no varejo que superaram as expectativas, indicando uma recuperação gradual da economia chinesa. Isso trouxe um certo alívio aos mercados, especialmente para as commodities.
Cenário Político-Econômico: O mercado doméstico foi influenciado principalmente pelas discussões em torno da meta fiscal e da revisão de gastos do governo. A percepção de um esforço fiscal mais concreto contribuiu para uma melhora no humor dos investidores, apesar das incertezas persistentes.
Selic e Inflação: A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) foi analisada de perto, e o mercado buscou pistas sobre os próximos passos do Banco Central em relação à taxa Selic. Os dados de inflação doméstica, embora ainda sob pressão em alguns setores, não apresentaram grandes surpresas que pudessem alterar drasticamente as expectativas.
Bolsa de Valores (Ibovespa): O Ibovespa operou em alta na maior parte da semana, impulsionado pelo otimismo em relação à recuperação econômica global e, em menor grau, por expectativas de melhora fiscal interna. Setores como o de commodities e financeiro tiveram bom desempenho. A volatilidade, no entanto, foi presente, com oscilações pontuais.
Câmbio (Dólar/Real): O real se valorizou frente ao dólar, acompanhando a tendência de desvalorização da moeda americana no cenário global e a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro, atraído pelos juros ainda elevados e pelas perspectivas de estabilização fiscal.
A próxima semana promete continuar a ser monitorada de perto, com a divulgação de mais indicadores econômicos importantes e o desenrolar das agendas políticas. Os investidores estarão atentos a qualquer sinal que possa indicar mudanças nas políticas monetárias dos principais bancos centrais e nos rumos da economia global e local.