A semana 41 foi dominada por um aumento nas tensões entre Estados Unidos e China e uma grande derrota fiscal para o governo brasileiro, deixando o cenário interno polarizado entre a alta popularidade e a crescente crise fiscal.
Estados Unidos: A principal notícia da semana foi a escalada da guerra comercial com a China. No final da semana, o presidente Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre bens importados da China, com vigência a partir de 1º de novembro, em resposta à China restringir a exportação de terras raras (essenciais para tecnologia). O anúncio causou forte queda nas bolsas mundiais e um barata-voa nos mercados. O shutdown (paralisação do governo) continuou, levando a demissões em massa e atrasos em mais de 10.000 voos, mas as bolsas (S&P e Nasdaq) atingiram novos recordes antes da queda de sexta-feira.
Europa: A produção industrial da Alemanha caiu para o menor nível em 20 anos, um sinal da fragilidade da indústria europeia. As vendas no varejo na Zona do Euro subiram 0,1%, mantendo a estagnação. A crise política na França se aprofundou com a renúncia do primeiro-ministro. Apesar da inflação contida (2,2%), a Europa segue estagnada e vulnerável à invasão de carros chineses.
Ásia: A China respondeu à pressão americana com restrições à exportação de terras raras, vitais para a indústria de alta tecnologia dos EUA. O Banco Mundial projeta expansão este ano, mas uma desaceleração em 2026. O Fundo Monetário Internacional (FMI) sugere que a China precisa impulsionar o consumo privado para reaquecer sua economia.
Ouro e Petróleo: O ouro ultrapassou US$ 4.000, renovando as máximas históricas e acumulando mais de 105% de alta em dólar nos últimos cinco anos, refletindo a instabilidade geopolítica. O petróleo caiu (de US$ 66 para US$ 62 o barril) devido ao cessar-fogo entre Israel e Hamas, que pode acalmar a situação com o Irã e reduzir o risco de interrupção da produção no Oriente Médio.
Cenário Político-Econômico: A exportação de soja bateu recorde. No entanto, o IPCA subiu 5,17% nos últimos 12 meses, bem acima da meta de 4,5%, indicando que a inflação não está cedendo apesar da Selic alta. O governo sofreu uma grande derrota no Congresso, que derrubou a MP alternativa ao IOF, resultando em um rombo fiscal estimado em mais de R$ 40 bilhões. O governo já estuda dobrar impostos sobre bets e aumentar o IOF. O governo Lula está entre o "céu" (com a aprovação subindo para o maior patamar desde janeiro, reeleição confortável, segundo pesquisas) e o "inferno" (com a insustentabilidade fiscal e a necessidade de aumentar impostos, o que pode criar uma crise futura, como a herdada por Dilma).
Selic e Inflação: A Selic se mantém em 15%, mas a inflação persistentemente alta (5,17% ao ano) sugere que os gastos públicos continuam pressionando os preços.
Bolsa de Valores (IBOVESPA): O Ibovespa recuou na sexta-feira devido às notícias da guerra comercial, mas conseguiu segurar a marca de 140.000 pontos, mantendo o ganho acumulado no ano.
Câmbio e Dólar: O dólar disparou para R$ 5,50 no final da semana, reagindo à ameaça de tarifa de 100% dos EUA à China, o que aumentou a aversão global ao risco.
Cenário Político-Econômico: Os Estados Unidos confirmaram um acordo de US$ 20 bilhões para ajudar a Argentina de Milei, aliviando temporariamente os mercados. No entanto, a situação cambial continua difícil, com os argentinos gastando bilhões no exterior. A taxa de juros de curto prazo disparou, e a luta cambial continua sendo o maior desafio de Milei.
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A próxima semana será marcada por uma forte volatilidade no mercado global, à medida que investidores avaliam as consequências da tarifa de 100% dos EUA à China. O mercado estará atento a uma possível resposta da China e a qualquer negociação entre os presidentes. No Brasil, o foco será no dilema fiscal: como o governo lidará com o rombo de R$ 40 bilhões após a derrota no Congresso e se haverá novas propostas de aumento de impostos, o que pode azedar a relação com o mercado, apesar da alta popularidade. O risco de uma crise fiscal futura (2027) aumenta significativamente.