A Semana 26 de 2025 foi marcada por uma ligeira queda no Ibovespa e um dólar em patamar favorável. O cenário global continua sob o impacto de tensões geopolíticas e desafios econômicos, enquanto o Brasil se debate com questões fiscais e políticas.
Estados Unidos: A produção industrial teve queda de 0,2%, e as vendas no varejo registraram a maior queda em dois anos, indicando sinais de desaceleração econômica, que pode evoluir para uma recessão. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros inalterada entre 4,25% e 4,50%. A confiança do consumidor teve uma queda inesperada em junho, e as vendas de moradias caíram 13,7%. A dívida pública continua a crescer, gerando preocupação. Em Nova York, um candidato socialista muçulmano ganhou as primárias para prefeito, com propostas como congelamento de aluguéis e criação de comércios públicos, o que pode afastar milionários e bilionários. A inflação subiu 0,2%, ligeiramente acima do esperado, mas ainda em patamar razoável.
Europa: A Zona do Euro viu o crescimento estagnar em junho, com serviços e indústria em baixa, refletindo dificuldades estruturais e pouca natalidade. O Banco Central da Inglaterra manteve os juros inalterados, e a inflação na Itália também caiu. A confiança do consumidor na Zona do Euro caiu mais que o estimado. No entanto, houve notícias positivas de corte de impostos na Alemanha e um corte adicional de 4,7 bilhões de euros na França. A Europa planeja investir na produção de milhões de drones para defesa, em vista das tensões globais. As bolsas europeias tiveram algum avanço com o otimismo de acordos comerciais.
Ásia: O lucro industrial na China caiu 9,1%, e o país emitiu diretrizes de apoio financeiro para estimular o consumo. O Banco Central prometeu ajustar a política monetária para reativar a economia. Uma boa notícia é a confirmação de um acordo com os Estados Unidos, o que pode normalizar a situação comercial. A China também está investindo massivamente na produção de drones e tem feito evacuações de cidadãos de áreas de conflito no Oriente Médio. Apesar de uma taxa de desemprego jovem em menor nível em 11 meses, o preço dos imóveis continua caindo em ritmo acelerado.
Cenário Político-Econômico: A arrecadação federal atingiu um recorde (R$ 1,2 trilhão entre janeiro e maio), mas as contas públicas continuam com déficit e a dívida bruta subindo. O país vive uma tensão com a aprovação de novos impostos e a tentativa do governo de compensar a derrubada do decreto do IOF (vetado pelo Congresso, em um movimento inédito desde 1992) com propostas de taxação de investimentos (LCA, LCI, FIIs, Fiagros e criptomoedas), o que é visto como um "triste capítulo" e pode gerar fuga de capital. O agronegócio puxou o PIB (+6,5% no 1º trimestre), mas a economia cresce de forma "insustentável". A popularidade do Presidente Lula caiu para 23,9% de avaliação positiva, o menor índice do mandato, influenciada por disputas fiscais, escândalo do INSS e a falta de um plano de corte de gastos.
Selic e Inflação: O IPCA-15 desacelerou para 0,26% (primeiro recuo no preço dos alimentos em 9 meses), e o IGPM caiu 1,67% em junho. Apesar disso, a inflação anualizada ainda está em 5,32%, acima da meta. O Banco Central elevou a taxa Selic em 0,25%, para 15% ao ano, deixando o Brasil com a segunda maior taxa de juro real do mundo. Analistas apontam que a crise fiscal só vai piorar. A alta dos juros e o gasto descontrolado do governo estão dificultando a queda da inflação e prejudicando pequenas e médias empresas, com mais de 30 mil entrando em recuperação judicial.
Bolsa de Valores (Ibovespa): O Ibovespa recuou na semana, mas ainda se manteve na faixa dos 136.000 pontos, o que é considerado um bom patamar, dadas as turbulências políticas e econômicas. Há uma expectativa de que o cenário pode ser favorável ao Ibovespa caso a oposição ao governo atual ganhe força nas pesquisas.
Câmbio e Dólar: O dólar caiu e fechou a semana em R$ 5,48. Essa queda é vista como positiva e uma boa oportunidade para dolarizar patrimônio, pois a tendência de longo prazo ainda é de alta.
Cenário Político-Econômico e Outros: O Presidente Milei classificou o Irã como "inimigo da Argentina" devido aos atentados da década de 90. O PIB argentino cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado pelo consumo privado e investimentos, mostrando que as políticas de austeridade de Milei estão "girando a máquina" econômica. Ele eliminou feriados para funcionários públicos e cortou muitos cargos, buscando acabar com "mamatinhas". Apesar disso, continuam os protestos contra a austeridade. Com a valorização do peso, argentinos estão vindo ao Brasil, impulsionando o comércio e o turismo. No futebol, River Plate e Boca Juniors foram eliminados do Mundial de Clubes.
O mercado de criptomoedas teve uma semana morna, mas com notícias importantes: o CEO da BlackRock Brasil afirmou que cripto é uma realidade e é irracional fugir dela. O Bitcoin mostrou-se resiliente e até formou uma "bandeira de alta" que pode levá-lo aos US$ 140 mil. O Trump teve seu império cripto estimado em quase US$ 1 bilhão. É importante notar que em momentos de grande tensão ou notícias negativas em finais de semana, o Bitcoin (que opera 24/7) tende a cair, pois investidores o usam para buscar liquidez, diferentemente das bolsas tradicionais.
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A próxima semana trará a reunião do COPOM no Brasil, com expectativa de uma "última alta" na Selic. O cenário global continua sob a ameaça da escalada do conflito entre Israel e Irã, que já tem impactado o petróleo e ouro. No Brasil, o aumento dos impostos e a fragilidade política do governo são fontes de preocupação. Apesar das incertezas e riscos de recessão nos EUA e aumento de juros global, a recomendação é não se paralisar. Focar em investimentos de longo prazo, diversificar (incluindo renda fixa, que está com juros elevados), reinvestir dividendos e buscar oportunidades em um cenário que, apesar dos problemas, pode se tornar favorável para a Bolsa brasileira caso a oposição ganhe força.