A Semana 32 de 2025 foi marcada por uma inversão de tendência no Brasil, com o Ibovespa em alta e o dólar em queda, apesar de toda a instabilidade política. O cenário global se mantém em alerta, com destaque para a nova tensão nuclear entre EUA e Rússia e os desafios econômicos da China.
Estados Unidos: O Fed manteve a taxa de juros inalterada entre 4,25% e 4,50%, o que continua a atrair capital para o país. A criação de 73 mil vagas de emprego veio abaixo do esperado. As bolsas de Nova York operaram de forma mista, com os índices aproximando-se das máximas, apesar do tumulto global. A Microsoft se tornou a segunda empresa na história a alcançar US$ 4 trilhões em valor de mercado, juntando-se à Nvidia. A semana foi marcada por uma nova tensão geopolítica: o ex-presidente russo Medvedev falou sobre a capacidade nuclear russa e o sistema "Mão Morta", e Trump respondeu com o posicionamento de submarinos nucleares que não podem ser detectados pelos radares russos, elevando a escalada. Trump também impôs tarifas de 10% a 41% sobre diversos países, levando as bolsas a desabarem, incluindo nos EUA, mas o mercado se recuperou na semana.
Europa: O PIB da Zona do Euro cresceu apenas 0,1% no segundo trimestre. A inflação anual subiu para 2%, gerando preocupação de que os juros não caiam. A produção industrial na Alemanha, no entanto, registrou queda, atingindo o menor nível desde a pandemia. As bolsas europeias fecharam sem uma direção única, e os acordos tarifários com os EUA ainda estão em negociação, com a Europa também preparando um pacote bilionário de tarifas. O desemprego na Espanha e Portugal caiu, e a taxa de desemprego da zona do euro está na mínima recorde de 6,2%, mas a economia continua estagnada.
Ásia (China): A China está destinando US$ 12 bilhões para conter a queda da natalidade, oferecendo incentivos para famílias com bebês. A atividade industrial chinesa esfriou, e o comércio exterior da China registrou um aumento de 3,5%, superando as expectativas. As ações da China atingiram máximas em 3 anos, também por causa das terras raras, turismo e comércio.
Ouro e Petróleo: O ouro fechou em alta, mas não foi uma alta forte. Mesmo assim, nos últimos 5 anos, subiu quase 70% em dólar. O petróleo fechou sem direção, com queda na semana, mas ainda em um patamar de US$ 66 o barril, na faixa entre US$ 60 e US$ 70, que é um preço que os produtores de petróleo buscam manter para não terem prejuízo.
Cenário Político-Econômico: A produção industrial teve leve alta em junho, mas voltou a decepcionar. O desemprego caiu para a menor taxa da série histórica, o que é um ponto muito positivo, mas a dívida pública continua subindo, e o assistencialismo governamental também. O país está em um ritmo lento de crescimento, o que pode fazer com que fique para trás em relação a outros países. O governo enfrenta um cenário de alta arrecadação, com a arrecadação federal do primeiro semestre batendo recorde, mas as contas públicas continuam com déficit. O governo Lula está sendo visto como "perdido", e há a suspeita de que a política está ofuscando os dados econômicos.
Selic e Inflação: A inflação anualizada está em 5,35%, acima da meta oficial. O COPOM, na semana passada, manteve a taxa Selic em 15% ao ano, interrompendo o ciclo de alta, o que foi um ponto positivo. No entanto, o Brasil ainda tem o segundo maior juro real do mundo, o que dificulta o investimento e o crescimento.
Bolsa de Valores (IBOVESPA): O Ibovespa subiu na semana, recuperando a faixa dos 136.000 pontos, depois de quase perder os 130.000 pontos. Essa alta foi surpreendente, dada a confusão política no Brasil e as tensões globais.
Câmbio e Dólar: O dólar fechou em queda, a R$ 5,43, depois de ter caído quase 2% na semana. Essa queda é vista como uma ótima notícia para o país e para quem investe no exterior.
Cenário Político-Econômico e Outros: A produção industrial da Argentina cresceu 9,3% na comparação anual, mostrando que as políticas de Milei estão destravando a economia e gerando crescimento. A pobreza também está em queda. A FMI aprovou um desembolso de US$ 2 bilhões, e Milei está estudando oferecer cidadania para grandes investidores estrangeiros. Ele e Trump iniciaram o processo para isentar argentinos de visto. A popularidade de Milei, de 57%, é a terceira maior entre os líderes mundiais, enquanto a do Presidente Lula é de 32%.
Foi uma ótima semana. O Etheréum ultrapassou os US$ 4.000 pela primeira vez desde dezembro. A grande notícia da semana, no entanto, foi a mudança estrutural com a aprovação de investimentos de aposentadoria em cripto e ativos alternativos nos EUA, o que pode levar milhões de pessoas a comprarem Bitcoin e outras criptomoedas no longo prazo. O Bitcoin chegou a US$ 117.000, depois recuou um pouco, mas se comportou bem. As altcoins também subiram. O JP Morgan começou a explorar empréstimos lastreados em criptomoedas, e a XRP é destacada, sendo avaliada como maior que Uber, BlackRock e Pepsico.
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A próxima semana será marcada por reuniões importantes sobre juros. O clima de incerteza no Brasil, com a escalada das sanções dos EUA e a postura do governo em relação às tarifas, é uma preocupação real. A recomendação é manter a calma, pois não é momento para desespero, mas também não é hora de se aventurar em investimentos de alto risco. A renda fixa permanece muito atrativa, e a diversificação de portfólio, incluindo criptoativos e investimentos no exterior, é fundamental para proteger o capital em um ambiente que, embora comece a apresentar mais clareza sobre os desafios, ainda é de alto risco.