A Semana 31 de 2025 foi caracterizada por uma queda no Ibovespa, embora sem desespero, e uma leve alta do dólar. O cenário internacional se manteve tenso, com a escalada nuclear entre EUA e Rússia e a continuidade das tarifas de Trump. No Brasil, a discussão sobre a dívida pública, a inflação e a política monetária continuou, ao lado de novos desdobramentos sobre as sanções dos EUA a autoridades brasileiras.
Estados Unidos: As vendas de novas moradias ficaram abaixo do esperado em junho, e o estoque de imóveis continua subindo, sugerindo uma possível queda nos preços. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, o que impede o dinheiro de circular globalmente. A criação de 73 mil vagas de emprego veio abaixo do esperado. A Microsoft se tornou a segunda empresa na história a alcançar US$ 4 trilhões em valor de mercado, juntando-se à Nvidia. As bolsas americanas, em geral, fecharam "no zero a zero" na semana, mesmo com resultados positivos de algumas empresas. A semana foi marcada por uma nova e "radioativa" tensão geopolítica: o ex-presidente russo Medvedev falou sobre a capacidade nuclear russa e o sistema "Mão Morta" (retaliação automática), e Trump respondeu com o posicionamento de submarinos nucleares que não podem ser detectados pelos radares russos, escalando a briga. Trump também impôs tarifas de 10% a 41% sobre diversos países, levando as bolsas a desabarem, incluindo nos EUA.
Europa: O PIB da Zona do Euro cresceu apenas 0,1% no segundo trimestre. A inflação anual na Zona do Euro, Reino Unido e Itália subiu para 2%, gerando preocupação de que os juros não caiam. O desemprego na Alemanha, Itália e na Zona do Euro em geral está baixo. No entanto, o continente está "estagnado", com os acordos comerciais com os EUA ainda incertos e as bolsas europeias fechando em queda devido à incerteza das tarifas de Trump. Há uma preocupação com a política de imigração, que estaria trazendo imigrantes "não qualificados" que não trabalham e sobrecarregam o sistema social.
Ásia (China): A China está destinando US$ 12 bilhões para conter a queda da natalidade, oferecendo US$ 500 anuais por bebê, após décadas de política do filho único. A atividade industrial chinesa esfriou, e as bolsas asiáticas fecharam em baixa por causa das tarifas. As exportações chinesas continuam sob pressão devido às tarifas americanas.
Ouro e Petróleo: O ouro fechou em alta, mas não foi uma alta forte. Mesmo assim, nos últimos 5 anos, subiu quase 70% em dólar. O petróleo caiu 3%, cotado a US$ 69 o barril, na faixa entre US$ 60 e US$ 70, que é um preço que, historicamente, os produtores buscam elevar quando cai muito.
Cenário Político-Econômico: A produção industrial teve leve alta em junho, mas voltou a decepcionar, mantendo o Brasil em um ritmo de crescimento muito lento. A dívida pública avançou para 76,6% do PIB, e o déficit fiscal das estatais foi de R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre. A arrecadação federal bateu recorde no primeiro semestre, mas as contas do governo continuam no vermelho. O desemprego caiu para a menor taxa da série histórica, o que é positivo para a economia. No entanto, o assistencialismo governamental continua crescendo, o que é visto como contraditório. A situação política se acirrou: o Ministro do STF Alexandre de Moraes foi sancionado pelos EUA com a Lei Magnitsky, que corta acesso a contas bancárias e cartões, colocando-o na mesma lista de sanções de grupos como PCC e Hezbollah. Trump assinou o decreto oficializando 50% de tarifa sobre o Brasil, a maior taxa imposta, embora quase 700 itens importantes para os EUA tenham ficado isentos (como aeronaves da Embraer e suco de laranja). O governo Lula foi criticado por não negociar diretamente com Trump e por uma "estratégia" de confronto que pode ser prejudicial ao país, com o vice-presidente Alckmin sendo visto em programas de TV em vez de negociar tarifas. Isso ameaça 110 mil empregos no Brasil em vários setores.
Selic e Inflação: O IPCA-15 subiu 0,3% em julho, puxado pela energia elétrica. A inflação anualizada está em 5,35%, acima da meta. O COPOM manteve a taxa Selic em 15% ao ano, interrompendo o ciclo de alta, o que é positivo, mas o Brasil ainda tem o segundo maior juro real do mundo. A inflação persiste, e as recuperações judiciais de empresas batem recorde.
Bolsa de Valores (IBOVESPA): O Ibovespa caiu para 132.000 pontos, e as ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram quase 7% na última sexta-feira. O IFIX também registrou queda.
Câmbio e Dólar: O dólar fechou em queda, a R$ 5,54, o que surpreende, considerando a confusão política no Brasil e as tarifas americanas.
Cenário Político-Econômico e Outros: A FMI aprovou um desembolso de US$ 2 bilhões. O Presidente Milei estuda a possibilidade de conceder cidadania para grandes investidores estrangeiros no país, e ele e Trump iniciaram o processo para isentar argentinos de visto. Milei continua com a política de privatizações e redução de impostos, o que está destravando a economia e despencando a pobreza. Sua aprovação de 57% é alta e contrasta com a baixa popularidade do Presidente Lula (32%), mesmo com a mídia tradicional em grande parte contra Milei.
O Bitcoin caiu, sendo uma semana "complicada", mas encerrou o mês anterior como o melhor investimento, com 12% de alta. Atualmente, ele se aproxima dos US$ 112.000, com as altcoins também recuando.
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A próxima semana será crucial, pois marca o 1º de agosto, data de possível início das tarifas de Trump, o que pode levar a uma "tragédia econômica" caso o Brasil não chegue a um acordo. A postura do governo brasileiro e a escalada das sanções dos EUA são fontes de grande preocupação. A recomendação é manter a calma, pois não é momento para desespero, mas também não é hora de se aventurar em investimentos de alto risco. A renda fixa permanece muito atrativa, e a diversificação de portfólio, incluindo criptoativos e investimentos no exterior, é fundamental para proteger o capital em um ambiente que, embora comece a apresentar mais clareza sobre os desafios, ainda é de alto risco.